quinta-feira, 8 de julho de 2010

Material Didático

Material didático de Pistrak e Makarenko


Breve contextualização do material.


Pistrak


Pistrak defendia que a pedagogia deveria formar cidadãos ativos e participantes da vida social. A visão educacional de Pistrak baseava-se na formação de homens desalienados, vinculados ao presente, preocupados em criar o futuro cuja busca do bem superasse o individualismo e o egoísmo.
Na concepção de Pistrak, a escola ensinava mais com a prática do que com a “fala da prática”, ou seja, as atitudes e os comportamentos ensinam mais do que o que se diz dos comportamentos e das atitudes.
Pistrak defendia uma “escola para o trabalho” em que a ênfase estivesse nas leis que rejem o conhecimento do mundo natural e social, na preocupação com as leis do trabalho humano, e no método dialético em que este atuasse como força organizadora do mundo.
Em consonância com os objetivos da Revolução Russa, Pistrak procurou introduzir a dimensão política no trabalho pedagógico e em respeito disso afirmou “sem teoria pedagógica revolucionária não poderá haver prática pedagógica revolucionária” (Tratenberg, p.29).
Pistrak considera que a Escola do Trabalho é um instrumento para capacitar o homem a entender o seu papel na luta contra o capitalismo, bem como o espaço ocupado pelo trabalhador em favor do socialismo, evidenciando a realidade e a necessidade da escola de educar os jovens para essa realidade.
Pistrak desenvolve o ensino pelo “método dos complexos” pela qual se estuda os fenômenos agrupados enfatizando a interdependência transformadora do método dialético. O trabalho, para Pistrak, deve ser socialmente útil determinante das relações sociais entre os sujeitos. Nessa perspectiva, Pistrak enfatiza o papel da oficina profissional nas escolas instituídas por um Regulamento sobre a “Escola Única do Trabalho”, em que o trabalho na oficina escolar reflete os ofícios artesanais, urbanos ou rurais. De acordo com Pistrak, o papel da escola é formar crianças para se tornarem trabalhadores completos e por esse motivo é que ele enfatiza a necessidade de a escola possibilidar uma formação básica técnica e social permitindo ao educando a orientação na vida real.

Referência bibliográfica
SANTOS, Francely Aparecida dos, COSTA, Karen Aguiar da Costa. Makarenko: O pedagogo poeta. Universidade de Uberaba – UNIUBE/MG.
http://www.perspectiva.ufsc.br/perspectiva_2007_02/12_RESENHA_Siomara.pdf

Revista Nova Escola, História, Prática Pedagógica, História Geral. Edição especial 05/2003. Anton Makarenko – o professor do coletivo.28/04/2010. http://revistaescola.abril.com.br/imprima-essa-pagina.shtml

TRAGTENBERG, Maurício. Pistrak. Fundamentos da escola do trabalho. São Paulo, ed. Brasiliense, 1981, pp. 07-23. (Tradução: Daniel Aarão Reis Filho).


Anton Makarenko – O professor do coletivo

“O mestre ucraniano Anton Makarenko concebeu um modelo de escola baseado na vida em grupo, na autogestão, no trabalho e na disciplina que contribuiu para a recuperação de jovens infratores”.(Revista Nova Escola, 05/2003)


O método de ensino criado por Anton Makarenko organizava a escola como coletividade e entendia como relevante os sentimentos dos alunos na busca pela felicidade, permitindo a participação das crianças através de opiniões e discussão das suas necessidades no âmbito escolar. A perspectiva de trabalho em grupo estava intrinsecamente ligada aos ideais revolucionários da União Soviética em que todos deveriam trabalhar para que o sustento do seu próximo fosse possível.
Makarenko educava com rigidez e disciplina com o objetivo de formar sujeitos cultos, sadios, conscientes de seu papel político e trabalhadores solidários. A disciplina configurava-se uma marca importante porque, na concepção de Makarenko, as metas somente seriam atingidas através de direções firmes e dessa forma, ele via a disciplina como um meio para alcançar o objetivo final. Makarenko acreditava na necessidade de acostumar as crianças a cumprir com suas obrigações, e exigir delas grandes responsabilidades.
O mestre ucraniano, Makarenko, também entendia como relevante a participação da família na escola e defendia que esta deveria desempenhar um papel de orientação daquela. A família, por sua vez, deveria encarar a escola como um órgão normativo.
Faziam parte da rotina diária dos alunos da escola que Makarenko dirigia os exercícios físicos (ginástica militar), os trabalhos manuais, a recreação, as excursões, as aulas de música e idas ao teatro, os desfiles, os exercícios táticos e jogos bélicos.
Na concepção de Anton Makarenko, a escola deveria ser um lugar que possibilitasse ao jovem viver a realidade concreta e participar das decisões sociais, dessa forma, acreditava ele, que formaria sujeitos capazes de dirigir a sua própria vida no presente e a vida do país no futuro.


Importante:
Makarenko define a educação como um processo social de tomada de consciência de si próprio e do meio que nos cerca. Educar para ele é socializar pelo trabalho coletivo em função da vida comunitária.

Referência bibliográfica


SANTOS, Francely Aparecida dos, COSTA, Karen Aguiar da Costa. Makarenko: O pedagogo poeta. Universidade de Uberaba – UNIUBE/MG.
http://www.perspectiva.ufsc.br/perspectiva_2007_02/12_RESENHA_Siomara.pdf

Revista Nova Escola, História, Prática Pedagógica, História Geral. Edição especial 05/2003. Anton Makarenko – o professor do coletivo.28/04/2010. http://revistaescola.abril.com.br/imprima-essa-pagina.shtml

TRAGTENBERG, Maurício. Pistrak. Fundamentos da escola do trabalho. São Paulo, ed. Brasiliense, 1981, pp. 07-23. (Tradução: Daniel Aarão Reis Filho).


Material Didático em consonância com as idéias de Makarenko e Pistrak



A Árvore de Maçã

Trabalha com a criança: História, Geografia e Matemática
Desenvolve a cooperação e o trabalho em grupo.

Instruções
Indica-se a participação de alunos que estejam em fase de aprendizagem de cálculos matemáticos e trabalha com a perspectiva sistêmica.
História – Perguntar sobre a origem da maçã.
Geografia – Perguntar qual é o país ou estado que mais produz maçãs.
Matemática - Dividir a sala em grupos, chamar um representante de cada grupo e pedir que ele pegue uma maçã na árvore. Ele deverá resolver o cálculo que estará escrito na maçã junto com o grupo, e procurar na árvore a maçã que esteja com a resposta correta do cálculo.





Jogo de Tabuleiro

TABULEIRO: TOTAL 10

Atividade tem um objetivo de desenvolver a cooperatividade, respeito.
A partir desse material as crianças podem:
-associar números à quantidade;
-construir o significado de números naturais;
-desenvolver a capacidade de conservação (conservar uma quantidade na memória e criar habilidade de acrescentar números para conseguir o total 10 ou 5 – de acordo com o trabalho do professor e a necessidade do discente)

Materiais:
- um tabuleiro com 16 quadrados;
- 40 cartas numeradas: de 1 a 7 :
-10 cartas com o nº 1;
-5 cartas com os nºs 2,3,4 e 5 (cada)
-7 cartas com o nº 6
-2 cartas com o nº 7
-1 carta coringa
-1 dado
- Palitos de picolé

Instruções:
Joga-se com no máximo 4 jogadores.
Embaralham-se as cartas e distribui 4 cartas para cada jogador. Deixa-se o monte de cartas próximo aos jogadores, pois ninguém pode continuar jogando com menos de 3 cartas na mão. Não se deve mostrar as cartas que estão nas mãos e nem as do monte.
À cada jogada, pega-se outra carta no monte, na ordem em que estiver.
O objetivo é fechar a coluna com o total 10. Vence pela vertical ou na horizontal.
Se os educandos apresentarem dificuldades quanto a associar o número à quantidade, pode-se usar palitos de picolé para visualizar: o aluno que colocou a carta 3, pega-se a mesma quantidade de palitos para associar. A carta do curinga fecha o jogo, caso esteja faltando apenas uma casa.




Bingo das Sílabas

Auxilia a criança que apresenta dificuldades em escrever ou que troca letras. A atividade pode ser desenvolvida em grupos ou individualmente com crianças que estejam em fase de alfabetização
Instruções:
Distribuir a classe em grupos e entregar uma cartela para cada grupo de 4 pessoas em seguida sortea-se as sílabas. O grupo que preencher primeiro uma horizontal, vertical ou diagonal será o grupo que indicará as palavras para trabalhar em sala.



Bingo dos Sinônimos
Favorece a comunicação e a interação e auxilia o discente no desenvolvimento do léxico mental.

Instruções:
Segue as mesmas regras do Bingo de Sílabas: Distribuir a classe em grupos e entregar uma cartela para cada grupo de 4 pessoas em seguida sortea-se as palavras. O grupo deverá associar a palavra e se na cartela que está com eles existe o sinônimo da palavra para marcar na cartela. O grupo que preencher primeiro uma horizontal, vertical ou diagonal será o grupo que indicará as palavras para trabalhar em sala.





Jogo do Dominó

Também favorece o trabalho cooperativo e facilita a aquisição das competências específicas para desenvolver as contas de multiplicação, adição ou subtração.

Instruções:
Divide-se a sala em grupos e entrega para cada grupo os triângulos contendo os cálculos e as respostas. Os educandos deveram juntar os triangulos paralelamente contendo a resposta corretas do cálculo. O grupo que terminar primeiro e tiver todas as respostar certas vecerão o jogo.

A trilha

É uma atividade que favorece o trabalho coletivo e o cooperativismo além de trabalhar com as atualidades.

Instruções:
Divide-se a sala em dois grupos pede-se que cada um escolha um representante para jogar os dados, o número que sair no dado o aluno deverá fazer a correspondência na trilha e os outros colegas irão ajudar a responder a pergunta que foi sorteada. Os números que forem sorteados no dado deverão ser somados (ex.: se o jogador está na posição 3 e o dado sertear o nº 1, ele deverá saltar uma casa. Ele deverá permanecer na casa três se não acertar a pergunta e deverá pular para a casa quatro se acertar a pergunta). Quem chegar primeiro ao fim do jogo é o vencedor.



A construção de uma cidade

Essa atividade tem o propósito e uma dimensão maior que simplesmente alguns jogos, pois inclui no projeto etapas de desenvolvimento com base em jogos e o interessante é que são jogos extremamente coletivos que envolverão toda a turma, seja nas eleições ou até mesmo na simulação de uma visita ao mercado. A proposta está intrinsecamente relacionada com as idéias dos autores de conceber a escola como espaço privilegiado de formação para o trabalho e para a tomada de consciência “coletiva” de uma sociedade, no qual as decisões particulares refletem diretamente na esfera pública.
Preocupa-se com a formação de cidadãos ativos e conscientes e que acima de tudo pudessem pensar em um novo modelo de sociedade e consequentemente de escola.
Esse jogo trabalha também a correspondência entre o real e o imáginário.

Instruções:
Pode-se trabalhar com crianças de 3 a 6 anos. Elas deverão criar de uma cidade com suas características (carros, ruas, comércios, casas, fábricas).

Um comentário:

  1. Olá,

    Preciso de fotos do Pistrak para um trabalho de especialização. E do nome dele em russo...

    Sabe como posso conseguir???

    Muito obrigado!
    Ezequiel

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